NATAL
De repente o sol raiou
E o galo cocoricou:
_ Cristo nasceu!
O boi, no campo perdido
Soltou um longo mugido:
_ Aonde, aonde?
Com seu balido tremido
Ligeiro diz o cordeiro:
_ Em Belém! Em Belém!
Eis senão quando, num zurro
Se ouve a risada do burro:
_ Foi sim que eu estava lá!
(Vinícius de Moraes. A arca de Noé.
Rio de Janeiro, Sabiá, 1970.)
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